person writing on paper
2019, 4 Outubro

O QUE UMA CANETA NÃO FARIA PELO MUNDO

Aos quinze anos, Malala disse «um professor, uma criança, uma caneta e um livro podem mudar o mundo». Dois anos mais tarde era a pessoa mais nova de sempre a receber o Prémio Nobel da paz. Anos antes, Nelson Mandela defendia que a educação é a nossa arma mais poderosa, e foi com essa perspetiva que se tornou no primeiro presidente negro da África do Sul. Ainda nesta sequência, há uma frase de um santo que diz «um dia todos vamos ser cinza e vamos morrer, até lá somos fogo e estamos a iluminar o mundo».

Este mês somos convidados a dar de nós e dar de nós passa inevitavelmente por dar aos outros. Outubro chama-nos a juntar canetas esferográficas, pode parecer-nos uma coisa simples e até desvalorizada, mas foi com elas que Martin Luther King escreveu o discurso que mudou completamente o mundo.

Numa altura em que a televisão nos leva a todos os grandes impulsionadores da educação, da justiça e da igualdade, parece-nos pouco aquilo que fazemos e dar uma caneta é coisa que não custa. Porém, quando a dermos, lembremo-nos que o pouco leva ao muito e a mudança começa em nós.

Se quisermos grandes coisas, comecemos pelas pequenas. Unamo-nos por Moçambique para darmos voz àqueles a quem a falta de condições nunca permitiu falar. Mesmo que não seja este nosso gesto que vai acabar com a guerra, com a sede ou com a fome, pensemos na cara de felicidade daquela criança pequenina que agora pode escrever e lembremo-nos que, mesmo no meio das adversidades, «a paz começa com um sorriso».

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